Baiano de Feira de Santana, Arthur Pendragon é participante da segunda temporada de Mestre do Sabor. Começou com a venda de trufas em sua cidade e até hoje é chamado de “menino das trufas” quando caminha pelas ruas da cidade onde cresceu, na Chapada Diamantina.
Apesar da iniciativa bem sucedida, Arthur deixou a região e tomou novos caminhos, que o fizeram relevante na gastronomia em Salvador, para onde se mudou para estudar. Logo em sua primeira aparição no programa promete trazer regionalidade, carisma e sentimentalismo às suas receitas.
O cozinheiro conquistou os mestres do realities com uma preparação difícil e garantiu vaga no Time Kátia.
Sonho também de sua mãe
As conquistas do baiano foram uma realização não apenas suas. A mãe de Arthur Pendragon sempre quis ser cozinheira, mas sem apoio da família ela não seguiu a profissão. “Ela fala que eu realizei um sonho que era dela”, conta Arthur emocionado, em sua apresentação no programa.
Arthur Pendragon guarda com carinho os dois cadernos de receitas escritos por sua mãe e afirma que as anotações contam toda a história do que aprendeu. A mãe de Arthur não apenas admira sua trajetória, mas também presente em cada passo do filho. Hoje ela trabalha nos dois empreendimentos do filho: o restaurante e o buffet, por isso o acompanha nas idas e vindas entre Feira de Santana e Salvador.
Arthur Pendragon teve dificuldades em Salvador
A mudança para a capital não foi fácil para o cozinheiro, até então um garoto sonhador do interior. No começo dos estudos trabalhou em uma confeitaria e depois estagiou em um grande hotel, mas o que ganhava não era suficiente para pagar os altos custos de viver na metrópole.
Antes abrir o Buffet Pendragon, referência em Feira de Santana, interior do estado, e mais recentemente o Restaurante Rotisseria Casa do Chef, em parceria com um cliente, Arthur criou um serviço de entrega de marmitas para conseguir fechar as contas. O empreendimento, chamado Chef em Casa, fez o menino do interior ficar conhecido e ele começou a ser chamado para cozinhar em eventos ou mesmo para serviços de personal chef.
Comida baiana garantiu vaga
Uma mistura dos quatro biomas baianos: sertão, recôncavo, litoral e chapada diamantina, onde Arthur cresceu. Essas foram as influências que originaram um ravióli de maniçoba com molho de moqueca de banana da terra, vinagrete e camarão salteado. “A pessoa que fez esse prato obviamente sabe fazer comida brasileira.
A maniçoba não é uma coisa que dá pouco trabalho”, pontuou a jurada Kátia Barbosa durante a degustação às cegas, na qual não é possível nem saber o nome da preparação.
ravióli de maniçoba ao molho de moqueca de banana da terra. Foto: Globo/Samuel KobayashiA maniçoba, comentada pela jurada, leva sete dias para ficar pronta. Além de Kátia, o prato chamado “Bahia” conquistou José Avillez.
Ambos apertaram o botão verde, porém a escolha do participante foi pelo time da jurada. Arthur Pendragon justificou: “ela representa minha cozinha: uma cozinha farta e ela me lembra muito a minha mãe. Ela vai ser uma referência para mim durante esses dias no programa”.
Time Kátia tem essência brasileira
Além de Arthur Pendragon, fazem parte do time da renomada chef carioca Kátia Barbosa: Júnior Marinho, Dário Costa, Francisco Pinheiro, Jackie Watanabe e Mari Schurt. Em comum, todos têm grande proximidade com a essência da cozinha brasileira e usaram isso como motivo para a escolh por Kátia.
Kátia Barbosa é referência na cozinha brasileira. Foto: Globo/Victor PollakKátia ficou conhecida no Rio de Janeiro pelo seu tradicional bolinho de feijoada, criado a partir de uma viagem a Minas Gerais. Tornou-se amiga de Claude Troisgros e foi através dele que entrou para o elenco de mestres do reality.